Entre Sorrisos e Facas.
De longe, Augusto a observava. O vestido vermelho colado ao corpo, as costas nuas, o perfume exagerado… Ela caminhava pelo salão como se o mundo fosse seu palco.
Por um instante, a lembrança veio, incômoda e amarga: como um dia pôde amar alguém assim?
Thamires Santana. Uma mulher que se exibia sem pudor, como se o brilho fosse suficiente para esconder o vazio.
Thamires, por sua vez, deslizava entre olhares e cumprimentos, saboreando a atenção que arrancava sem esforço. Estava pronta para se aproximar de Augusto — quando algo chamou sua atenção.
Um rosto conhecido.
Os lábios pintados de vermelho curvaram-se num sorriso lento, venenoso.
— Ora, ora… — murmurou para si mesma, os olhos faiscando. — O universo realmente conspira a meu favor. Essa noite promete.
E então, entre as taças de champanhe e os risos ensaiados, ela avistou a garçonete que caminhava pelo salão, equilibrando uma bandeja prateada.
Eloise.
Thamires caminhava pelo salão como se cada passo fosse um