O telefone vibrou em cima da mesa.
Sofia estava de pijama, já na cama, o notebook apoiado nas pernas, os olhos atentos a mais um relatório que insistia em não esperar o dia seguinte.
Ela respirou fundo antes de atender.
— Alô. — disse firme, automática.
Do outro lado da linha, a voz que ela reconheceria em qualquer lugar.
— Preciso de você aqui com urgência. — Dante foi direto. — Temos um caso importante. E você é a mais indicada para assumir isso.
Sofia franziu levemente a testa, mas não hesitou.
— Amanhã estarei na Cidade Norte. — respondeu, já se reorganizando por dentro.
Houve uma breve pausa do outro lado.
Então Dante foi ainda mais decisivo:
— Sofia, está na hora de você voltar definitivamente para a Cidade Norte. Esse caso é grande. Vai te dar visibilidade, destaque… e, dependendo do desfecho, abrir caminho para algo maior.
Ela fechou o notebook devagar.
O coração acelerou.
— Talvez — ele continuou — depois disso, possamos conversar sobre sociedade no escritório.