Sofia correu para a saída, chamou um táxi com pressa e só então deixou as lágrimas rolarem, enquanto via a cidade passar pela janela.
Eu não quero pesar o clima.
Mas deixa eu te dizer uma coisa que aprendi nesses anos como escritora:
Às vezes você não vai ser suficiente.
E tudo bem.
Às vezes você é incrível… mas não para aquela pessoa.
E tudo bem.
Às vezes não é você quem precisa mudar.
Às vezes não é você a errada.
Tem gente tão acostumada com migalhas que se assusta quando recebe um banquete.
Tem gente tão presa ao que é igual, que o novo vira ameaça.
E está tudo bem.
Amor não se prova com a boca cheia de promessas.
Ele falava demais de amor…
mas, nas atitudes, ele faltava.
A parte boa?
O tempo cura.
O tempo ensina.
O tempo mostra quem realmente merece ficar.
E ali, no banco de trás do táxi, assistindo a cidade continuar viva apesar da dor…
Sofia entendeu que também precisava continuar.
Mesmo com o coração em feridas,
ela sabia: algo nela