O quarto estava escuro.
Não completamente — apenas o suficiente para que as sombras escondessem o mundo lá fora e deixassem apenas eles.
Thomas fechou a porta atrás de si com um movimento firme, quase urgente.
Sofia mal teve tempo de respirar antes de sentir o colchão sob as costas.
Não houve delicadeza ensaiada.
Houve saudade.
Houve fome.
Ele a beijou como quem tenta recuperar o tempo perdido, como quem precisava confirmar que ela ainda era real. As mãos dele percorreram o corpo dela com familiaridade… e surpresa.
Porque Sofia não era mais a mesma.
Ela também não recuou.
Não se encolheu.
Não pediu.
Quando ele se afastou por um segundo, os olhos dela brilhavam — não de fragilidade, mas de decisão.
Sofia se levantou devagar, deixando que o vestido caísse pelo corpo, revelando a mulher que havia despertado nos últimos meses.
Sem pressa.
Sem vergonha.
Thomas parou.
O olhar dele percorreu cada detalhe como se estivesse vendo Sofia pela primeira vez.
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