O elevador abriu com um ding suave, mas a atmosfera no último andar da Bennett estava longe de tranquila. Funcionários trocavam olhares discretos, cochichos eram interrompidos quando Adam passava. O clima de alerta era quase palpável. Adam ignorou tudo. Caminhou até a sala de reuniões com passos rápidos, o corpo inteiro carregando uma energia tensa. A porta estava entreaberta. Isabella estava lá. Parada próxima à mesa, mãos apoiadas na madeira como se tentando se manter firme. O rosto sério demais para ser apenas trabalho. Os olhos vermelhos.
— Adam. Ela disse, e o modo como pronunciou o nome dele já avisava: isso era grave. Ele entrou.
— O que você encontrou? Ela fechou a porta.
— Não dá pra falar lá fora. Isso envolve gente grande. Gente que não pode saber que você… que nós… descobrimos isso. Adam não piscou.
— Mostre.
Isabella puxou uma pasta grossa, abriu sobre a mesa. No topo, impressões de ligações interceptadas, registros de ligações, prints de agendas parlamentares. Adam reco