A porta bateu, o som ecoando pelo loft como um tiro abafado. Por um momento, ninguém respirou. Camille continuava parada, exatamente onde estava, imóvel, pequena, vulnerável, o peito subindo e descendo de maneira irregular. O gosto do beijo ainda estava na boca…, mas agora misturado com medo. Culpa. Raiva de si mesma. Adam permaneceu encarando a porta fechada, as mãos fechadas em punhos ao lado do corpo. Ele levantou a cabeça devagar, como quem voltava de um mergulho fundo demais.
— Camille… você não precisava ouvir isso.
Ela recuou um passo, só um. Mas para Adam… doeu como se fossem dez.
— Ela tem razão em uma coisa, eu não faço ideia do tipo de gente com quem estou lidando.
— Você não está lidando sozinha. Adam rebateu.
— Não deveria estar lidando com nada disso! Eu só… queria trabalhar. Viver minha vida. E agora estou no meio de políticos corruptos, ameaças, investigações… e você.
Adam atravessou a sala até ela. Não a tocou embora quisesse, o olhar dele estava queimando.
— Você nã