Quando Adam voltou à sala, encontrou Melissa em pé ao lado da janela, olhando a rua como se calculasse rotas de fuga e emboscadas mentais. Camille estava sentada, as mãos entrelaçadas, tentando parecer mais calma do que estava.
— E então? Melissa perguntou, sem rodeios.
— Ele está com medo demais pra dizer a verdade. O que, por si só, já diz muita coisa.
— Covardia é quase confissão. Melissa assentiu.
Camille levantou o olhar para Adam, e por um segundo, tudo o que havia ali era aquela mesma conexão antiga.
— Você acha que eu corro risco?
Adam demorou um instante antes de responder.
— Acho que alguém tentou usar seu nome como escudo. E pessoas que fazem esse tipo de coisa não costumam se preocupar com quem está no caminho. A resposta foi cruel e honesta, mas real.
Melissa respirou fundo.
— Tá. Então a gente vai se preparar como se o pior cenário fosse possível. E se não for, ótimo. Se for… ninguém pega você de surpresa. Ela olhou para os dois, alternando o olhar.
— Vou precisar de có