Passara um mês exato desde que Dominico, por iniciativa própria, não tivera qualquer contato com Isabelle ou com Catherine. Durante esse período, Isabelle vivera por uma rotina marcada pelo silêncio: mergulhara em reuniões de negócios, cirandas sociais e compromissos filantrópicos; Catherine seguira frequentando a escola, dedicando-se a desenhos e recitais de piano infantis; e Dominico, embora mantivesse vigilância discreta sobre ambas, não retornara com nenhuma mensagem, nem sequer um rápido cumprimento destinado à menina.
Em sua grande casa às margens do lago, Isabelle sentia a ausência do telefone como uma ponta de angústia no peito. Sempre ponderava, porém, que fora ela quem impusera os termos da aproximação — uma convivência pautada no seu ritmo e nos limites que estabelecera com tanta clareza: “Você vem no meu tempo, nos meus termos.” Se não fora atrás dele, por qual razão esperaria ligações incessantes? Esse argumento interior mantinha-a em pé, mas não fazia cessar a pontada de