Os dias seguintes à viagem foram estranhamente silenciosos. Isabelle tentava ocupar a mente com leituras, caminhadas pelo jardim e algumas visitas discretas às instituições de caridade que ainda apoiava — mesmo com os recursos escassos. Matteo não lhe mandara mensagens, não ligara, não fizera qualquer menção à viagem. Nenhuma palavra sobre o que aconteceu entre eles.
O que, de certa forma, era ainda pior.
Ela se sentia usada, vulnerável, estúpida por ter se deixado levar por um momento de desejo. Um desejo que, sim, foi a coisa mais intensa e transformadora de sua vida. Mas que, pelo visto, para ele foi apenas... mais um contrato em carne.
Tarde da noite, enquanto revisava antigos documentos da empresa num canto da biblioteca, recebeu uma ligação. Jean Carlo.
— Isa, estou de volta à cidade por uns dias. Pensei em você... quer jantar comigo amanhã?
Ela hesitou. Precisava? Não. Mas queria?
— Jantar? Só nós dois? — perguntou, tentando parecer casual.
— Só nós dois. Prometo que escolho um