As coisas estavam seguindo e eu não esperava por tanto.
Eu não podia negar: minha arte tinha sido levada a lugares que nunca imaginei.
O que começou como uma fuga, uma forma de lidar com minha dor, agora tomava proporções que me surpreendiam a cada novo reconhecimento.
Eu não busquei a fama, nem os prêmios, mas eles vieram de qualquer maneira.
Luana, como sempre, se encarregou de abrir portas.
Ela me empurrava para as exposições, me convencia a estar presente, a dar entrevistas, a falar sobre o meu trabalho.
Eu, que antes queria apenas permanecer no anonimato, agora era uma figura pública, alguém cujas obras eram admiradas por milhares de pessoas.
No começo, a ideia de ser reconhecida me causava desconforto.
Eu gostava da minha vida simples, da minha rotina de trabalho e da quietude do meu estúdio.
Mas com o tempo, comecei a perceber que, de alguma forma, essa visibilidade me dava algo em troca.
Cada exposição era uma nova oportu