Eu mergulhei no trabalho.
Mais uma vez me refugiando onde eu sei que encontro meu caminho.
Era a única coisa que fazia sentido agora, a única forma de encontrar alívio para o turbilhão que ainda se formava dentro de mim.
As telas se tornaram meu refúgio, meu modo de enfrentar o vazio que se apossava de minha vida.
Quando eu estava diante de uma tela em branco, eu deixava o mundo lá fora e tudo se tornava claro.
O pincel se tornava meu aliado, cada cor, cada traço, minha forma de expressão.
E foi assim que comecei a criar, com mais intensidade do que nunca, obras que me traziam paz, mas também me desafiavam a ir além do que eu já sabia.
Cada pintura que saia de minhas mãos carregava uma dor profunda, mas também um desejo de renascimento.
A cada pincelada, eu tentava reconstruir algo de mim, algo que havia sido destruído.
Quando olhei para a primeira obra que concluí, senti uma