O dia havia sido longo, mas finalmente, após muita correria e gargalhadas, as crianças estavam todas na cama, dormindo profundamente.
O quintal estava silencioso, iluminado pela luz suave da lua e por algumas lanternas que Charles havia pendurado quando veio morar com minha amiga Luana.
Ali, naquela calmaria, sentada em uma espreguiçadeira, eu podia respirar fundo e deixar os pensamentos vagarem.
Charles apareceu com duas canecas fumegantes.
— Achei que você ia gostar de um chá. Ou é café? Sei lá, coloquei qualquer coisa que estava no armário — ele disse, entregando-me a caneca com um sorriso divertido.
Eu ri, aceitando o presente.
— Se for veneno, pelo menos vou morrer tranquila.
— Relaxe, meu objetivo não é te matar, é garantir que você me deixe herdar a Alice caso algo aconteça.
— Nossa, que consideração. Estou emocionada, Charles — respondi, fingindo indignação.
Nos sentamos lado a lado, observando o balanço que ainda oscilava levemente, como se as risadas das cria