Enquanto falava com Ruan, a ideia de que Fernanda e Bruno poderiam ter orquestrado tudo se tornava mais clara.
Cada detalhe precisava ser minuciosamente revirado.
— Quero cada detalhe, Ruan. Quem trabalhou naquele dia no laboratório, quem assinou os relatórios, quem estava de plantão. Não deixe pedra sobre pedra — exigi.
— Entendido, doutor. Mas isso vai chamar atenção. Quanto tempo temos?
— Nenhum. Não quero desculpas, quero resultados.
Desliguei sem esperar resposta.
Meu estômago estava em chamas, minha cabeça latejava, e o peso dessa situação parecia dobrar a gravidade em meu peito.
Eu sabia que estava mexendo em um vespeiro.
Se Fernanda era culpada, ela havia calculado todos os passos.
Se eu estava errado... não queria nem considerar essa possibilidade.
Deixei o escritório, indo diretamente para a sala de arquivos confidenciais do hospital.
Passei por colegas que me cumprimentavam sem perceber minha expressão tensa.
Ali, entre paredes reforçadas, sabia que encontr