52. Te amo tanto que dói
Cecília sentia o coração martelar no peito enquanto segurava a mão de Max. O calor fraco da pele dele a fazia se agarrar à única certeza que importava: ele estava vivo. Mas vê-lo ali, tão pálido, machucado, coberto de curativos e hematomas, era demais para ela suportar.
Uma lágrima grossa caiu de seu rosto e pousou na clavícula dele.
Max mexeu os dedos, um movimento fraco, quase imperceptível, mas o suficiente para fazê-la prender a respiração.
— Max…? — a voz dela tremeu.
Ele franziu a testa, um gemido rouco escapando de seus lábios rachados. O peito subia e descia com dificuldade, mas, pouco a pouco, os olhos dele se abriram.
O olhar turvo vagou pelo ambiente antes de focar nela. Cecília sentiu um nó na garganta quando viu um brilho diferente naqueles olhos, um alívio misturado com surpresa.
E então Max fez o impensável. Mesmo com o corpo claramente em agonia, sua mão se moveu, agarrou a nuca dela e a puxou para um beijo.
Foi desajeitado, dolorido, a boca dele seca e o