[Narrado por Coronel Daniela Vasconcellos]
Levantei do chão como quem já decidiu que não vai morrer ajoelhada.
Limpei a mão na calça. O sangue secando entre os dedos como aviso. Não era ferimento. Era assinatura.
Peguei de volta o celular. A tela trincada, mas ainda viva. Igual a mim.
Disquei direto pra Ramiro.
— “Coronel?”
— “Quero todos os nomes associados à Sargento Alana nos últimos seis meses. Celular, deslocamento, relatório de ronda, visitantes na casa dela. Quem conversou com ela, quem olhou pra ela, quem respirou perto dela.”
— “Sim, senhora.”
— “E cruza com os nomes que já tiveram entrada negada no sistema por sigilo externo. Quero saber quem tão tentando proteger.”
— “Entendido.”
Desliguei antes da resposta.
Não tinha tempo pra confirmação.
Porque se eu não posso começar pelo Muralha, eu começo pelas bordas da muralha. Pelo cimento. Pelo soldado. Pela porra da sombra.
Pensei no nome que sempre aparece quando Caio desaparece.
Diguinho.
O pombo sujo.
Aquele q