PH
Já não enxergava nada além da imagem de Any morrendo diante dos meus olhos. Aquilo era o meu limite, o ponto onde a razão se esvaía e o pânico tomava conta. Meus pensamentos eram um turbilhão caótico, sem direção, sem solução.
— Ela precisa de um médico urgente — A voz desesperada de Vini cortou o ar. — Ai minha rainha, não morre.
— Ph, ela precisa de um médico. — A voz de Nico, embora mais contida, carregava a mesma urgência.
— Meninos me ajudem, vou levá-la ao hospital. — Vini parecia ter assumido o controle da situação, sua determinação contrastando com minha paralisia.
— Vamos levá-la para o posto do morro. — A sugestão de Nico era lógica, visando nossa segurança.
— Ela precisa de um hospital! — Vini rebateu, a urgência em sua voz inegável.
— Mas nós não podemos ser vistos. — A preocupação de Nico era válida, a exposição nos traria sérias consequências.
— Isso não é hora para pensar nisso, vamos logo — Vini não cedeu, e a gravidade da situação falou mais alto.