CAPÍTULO 14
Emily estava concentrada demais nos documentos diante dela para perceber o próprio corpo pedindo socorro.
A letra começou a embaçar, a sala girou devagar, e ela levou a mão ao rosto, tentando manter o foco.
Respira… só respira…
Mas antes que a tontura passasse, ela ouviu a voz firme — e inconfundível — de Jace chamando seu nome.
Ela ergueu o rosto devagar, como se movesse através de água. Os olhos estavam turvos, o mundo distante.
— Oi… senhor Parker… eu já tô terminando… — murmurou, tentando soar normal. A voz saiu fraca, quase arrastada.
Jace se aproximou num segundo.
Sem pedir, tirou os papéis das mãos dela e os colocou sobre a mesa.
— Você vai parar agora — disse firme. — Levanta, Emily.
Ela franziu o cenho, confusa, tentando argumentar:
— Eu… estou bem. Só preciso terminar e—
— Emily. — Ele a cortou, a voz grave, carregada de algo que ela não viu muitas vezes nele: medo. — Você está a ponto de cair da cadeira. Levanta. Agora.
Ela tentou. Tentou de verdade