Mundo de ficçãoIniciar sessãoCapítulo 2
Emily estava em um canto da festa pensando em jace. — Esse espertinho se safou Como se tivesse lido seus pensamentos, a porta do salão se abriu naquele instante. Jace entrou. Por um breve segundo, pareceu que tudo ao redor silenciou. Alguns olhares se voltaram para ele, cochichos surgiram entre as garotas. — Ah, pronto… — murmurou Emily para si mesma. Jace cumprimentou os pais e, em seguida, caminhou até ela, estendendo uma pequena caixa. — Parabéns, Parker — disse ele, usando o apelido que só ele a chamava. Emily pegou a caixinha e a abriu. Dentro, havia um colar delicado, com um trevo da sorte. — Que lindo, Jace… obrigada — disse ela, sorrindo de verdade. — É uma festa e tanto, hein? — comentou ele, observando o salão. — Nem me fale — respondeu Emily. Ela inclinou a cabeça e provocou: — As garotas não tiram os olhos de você, garanhão. Jace não respondeu. Apenas a observava em silêncio, como se estivesse prestando atenção demais. — Eu nem sei o que essas pessoas fazem aqui — continuou Emily. — A maioria nem gosta de mim. As meninas vieram por sua causa… ou pelo Adrian. Os irmãos Jones: lindos, perfeitos, gostosos, blá blá blá. — Eu tô aqui por você — disse Jace, de repente. Emily o encarou, surpresa. Por um instante, seus olhos se encontraram, e algo indefinível pareceu passar entre eles. Jace desviou o primeiro olhar. — É… seu aniversário, Eu estaria aqui por você... é Claro! Mais não perde tempo aqui, vai lá comemorar, aproveitar. Afinal, você e o Adrian fazem isso muito bem. Zuera é com vocês mesmos — completou, retomando o tom neutro. — Ah, claro — respondeu Emily, pegando outro docinho. — Quer dançar? Antes que Jace pudesse responder, Beck — uma das garotas com quem ele costumava ficar — se aproximou, toda manhosa. — Ei, gatinho… vamos dançar? Jace olhou para Emily. Ela apenas sorriu de lado. — Vai lá, “gatinho”. Aproveita a noite. E saiu antes que ele dissesse qualquer coisa. — Viver entre esses dois não é fácil — pensou Emily. Jace estava mais atraente do que nunca naquela camisa social, alguns botões abertos no peito, a tatuagem aparecendo discretamente, o perfume amadeirado chegando até ela sem esforço. — Ah, garota, toma juízo — repreendeu-se mentalmente. — Nunca que o Jace, maduro, bonito desse jeito, vai olhar pra você. Ela balançou a cabeça, espantando os pensamentos, e seguiu até Adrian e o grupo da bagunça, onde sabia que pelo menos conseguiria esquecer disso tudo por alguns minutos. Emily e Adrian dançavam no meio da pista, rindo, rodopiando, aproveitando a noite entre amigos dele e conhecidos que surgiam a cada música. Algumas garotas se aproximavam, se misturavam ao grupo, mas o foco delas era evidente. jace... Emily olhava de vez em quando, quase sem perceber. E, sempre que seus olhos o encontravam, havia uma garota diferente ao lado dele — sorrisos exagerados, risadinhas forçadas, mãos passando pelos cabelos em uma tentativa óbvia de chamar atenção. — Ei — chamou Adrian, trazendo-a de volta para o presente. — Oi — respondeu Emily, ainda levemente distraída. Adrian seguiu o olhar dela até o canto do salão, onde Jace conversava com uma garota que ria alto demais e brincava com os próprios cabelos, encostando nele sem qualquer pudor. — Por que você não para de olhar pro Jace? — perguntou Adrian, direto, como sempre. Emily franziu o cenho. — Nada demais. Só acho engraçado o jeito que elas cercam ele — respondeu, dando de ombros. Adrian não disse nada de imediato. Em vez disso, aproximou-se mais e a puxou pela cintura, colando seus corpos enquanto a música diminuía o ritmo e se tornava mais lenta. Ele se inclinou, falando baixo em seu ouvido: — Que bom. Emily sentiu um arrepio subir pela espinha. — Porque seria uma pena se você tivesse interessada no Jace, Emy.






