Jonas ficou diante da cômoda por um tempo, ainda processando tudo o que havia visto até então. A lembrança da mulher da caverna, o chapéu que remetia ao Pesador, e agora, as cartas e fotos dos moradores que pareciam todos, de alguma forma, conectados ao mesmo segredo antigo.
Ele abriu a segunda gaveta, mais apertada, cheia de papéis amarelados. Entre contas antigas e recortes de jornal, achou um envelope com três nomes escritos à mão — uma caligrafia nervosa, quase tremida:
"Marília Ramos, Guilherme S. Dias, Álvaro Dente."
Os nomes não significavam nada para ele à primeira vista. Mas abaixo deles havia uma anotação em letras menores, com tinta azul já desbotada:
“Próximo do dia 3 de novembro, tudo tende a se repetir.”
A data chamava sua atenção. Estavam em 1º de novembro de 2025 — e isso fazia sua nuca arrepiar.
Ele guardou o papel com cuidado e seguiu vasculhando os armários da sala. Encontrou uma caderneta de capa preta com a inscrição: "Registros de convivência - Torre Helena". Era