LOGAN BRYTHE
— Acho que temos tudo, Srta. Welles. — diz o policial, guardando o bloco de notas preto no bolso interno do paletó. — Devo enfatizar, no entanto, o quanto recomendamos que você não permaneça no local esta noite. Pelo menos não até que o relatório forense chegue e, principalmente, até que a porta seja consertada. Há algum lugar para onde você possa ir, alguém com quem possa ficar?
Avery parecia um fantasma no meio dos destroços. Encolhida no sofá, com o meu paletó sobre os ombros, ela olhava fixamente para o nada, como se estivesse tentando se manter inteira no meio do caos.
— Ela pode ficar comigo — falei sem que me perguntassem. Nem precisei pensar.
O policial assentiu e se virou para Avery com simpatia.
— Entraremos em contato assim que soubermos de algo.
Ela apenas balançou a cabeça. O som de vidro quebrado estalou sob meus sapatos enquanto eu acompanhava o policial até a porta. Quando voltei, Avery ainda estava sentada, apertando o tecido do meu paletó contra o corp