AVERY WELLES
Estávamos há duas semanas no projeto. Duas semanas dolorosas, sem o toque do meu marido, os abraços do meu pai ou a sensação da barriga anormalmente grande da minha irmã grávida.
Mas estávamos na reta final. Com apenas uma semana restante, eu quase tremia de animação.
Meu telefone vibra com uma chamada de vídeo chegando, com emojis de coração seguindo o nome cafona “Marido” sob o qual ele foi salvo. Fui cautelosa o suficiente para atender um segundo depois que a tela acendeu, com medo de que meus polegares gordinhos escorregassem e o rejeitassem.
Lá estava ele. O infame pôr do sol de Nova York refletindo em seu sorriso radiante, criando aquele sorriso de mil watts. Seu terno de escritório estava aberto e a fenda das clavículas esculpidas desaparecia do alcance da tela, escondendo a nudez de seu peito.
— Aí está minha garota — ele sorriu, e eu enrolei o cobertor sob o queixo enquanto um sorriso largo e irritante se abria em meus lábios. — Deus, como senti sua falta h