Luna
Forço um sorriso fraco, continuando os passos para tomar um pouco de distância dele sem nenhuma sorte, atravessamos as portas de madeira abertas pelo profissional sorridente, perco o fôlego com o ambiente completamente vazio, as mesas todas iluminadas por velas e apenas uma única no centro do local com duas cadeiras acolchoadas vazias esperando.
–Sou egoísta demais para dividir a sua beleza esta noite, cheshire
O tom rouco tão próximo da pele exposta do pescoço causa um arrepio subindo pela espinha, estremecendo os nervos, a porcaria do apelido misturado às palavras em russo reacendendo a chama da loucura que senti ontem. Ergo o rosto encontrando o olhar, abrindo um sorriso sem conseguir conter um pouco mais a língua solta.
–Parece mais um adolescente querendo atenção. –Digo deixando o ácido atingir nós dois.
Abro ainda mais o sorriso sem conseguir conter a satisfação com o desconforto do homem, desfaço o aperto da mão no quadril fazendo questão de rebolar ao desfilar entre as