Gustavo sorriu, mas sua mente estava totalmente voltada para Camila e o futuro que eles estavam prestes a construir juntos. Quando a hora finalmente chegou, Gustavo se posicionou no altar, que ficava no coração do jardim, rodeado por amigos e familiares. A música suave começou a tocar, e todos os olhares se voltaram para a porta da casa. Camila apareceu, deslumbrante, com o vestido de noiva fluindo ao seu redor, e começou a caminhar em direção a Gustavo.
Cada passo que ela dava parecia durar uma eternidade, mas ao mesmo tempo, o tempo parecia correr rápido demais. Gustavo, com os olhos marejados, não conseguia desviar o olhar dela. Ele a admirava como se fosse a coisa mais preciosa que já havia visto. Quando Camila finalmente chegou ao altar, o celebrante deu início à cerimônia. As palavras que ele proferia estavam cheias de emoção, destacando o amor e a amizade que os dois haviam cultivado ao longo dos anos. Quando chegou a hora dos votos, Camila segurou as mãosRick estava completamente tomado pela preocupação e culpa, seus pensamentos girando desordenadamente enquanto ele segurava Lorena no colo e a levava correndo para o carro. A estrada parecia se esticar diante de seus olhos, cada segundo parecia durar uma eternidade, e o som das suas respirações entrecortadas preenchia o silêncio angustiante do momento. O cheiro da gasolina e do couro do banco de couro do carro se misturava com o aroma de desespero, e a única coisa que ele conseguia focar era em Lorena, inconsciente e fragilizada em seus braços. Ao chegarem no hospital, o coração de Rick parecia bater mais forte, como se cada batida fosse uma lembrança de sua falha. Assim que entraram na emergência, o Dr. Gabriel apareceu rapidamente, sua postura firme e profissional trazendo um alívio momentâneo, mas a tensão ainda dominava o ar. — Rick, o que aconteceu? — Dr. Gabriel perguntou, preocupado, seus olhos fixos na expressão de Rick. — Lorena estava muito est
Camila, ainda com o vestido de noiva, tentava manter a calma, seu coração batendo forte dentro do peito enquanto ela se aproximava dos doutores na sala de exames. Seus passos, firmes, ressoavam no chão frio enquanto ela tomava coragem para lidar com a situação que se desenrolava diante dela.— Doutor Gabriel, Doutor Reinaldo, o que está acontecendo? — Camila perguntou, tentando soar calma, mas sua voz traía uma leve tensão. O vestido branco ainda sobre seu corpo parecia ser um lembrete cruel de que o dia que deveria ser de celebração agora se transformava em algo desesperador.Os dois médicos a olharam surpresos, notando o vestido de noiva, mas logo voltaram sua atenção para a gravidade da situação. Dr. Gabriel, com uma expressão séria e preocupada, deu um passo em direção a Camila.— O que você faz aqui? — Perguntou, seu tom grave refletindo a urgência do momento.— Dr. Gabriel, sou a irmã de Lorena. Não poderia estar em outro lugar. Me diga o que está a
Os médicos começaram a agir rapidamente, as luzes fortes da sala de exames refletindo o ritmo frenético de suas ações. Em um momento que pareceu eterno, Lorena acordou brevemente, seus olhos se abrindo com dificuldade, e logo o som de um choro preencheu a sala.O choro de uma criança.Rick, com o coração batendo acelerado, se aproximou da cama de Lorena, os olhos lacrimejando, a emoção transbordando.— Meu amor, você foi ótima. Nossa princesinha Lara está aqui — disse Rick, sua voz cheia de emoção e alívio.Lorena, ainda fraca e com um sorriso cansado, olhou para ele com os olhos brilhantes.— Eu te amo, meu amor — ela respondeu com um sorriso fraco, suas palavras mais suaves que nunca.Rick, a emoção esmagando seu peito, respondeu:— Eu te amo mais ainda, minha garotinha. — Ele disse, sentindo uma mistura de alívio, amor e felicidade indescritível. A sua família agora estava completa, com a chegada da pequena Lara.***
Quatro meses haviam se passado desde o dia turbulento no hospital, e Lorena sabia que era hora de enfrentar a conversa pendente com Rick. A casa estava tranquila naquele momento; os meninos estavam na escola e Lara dormia profundamente no berço, com o som suave da babá eletrônica ao fundo, assegurando que tudo estava em ordem. A luz suave da manhã entrava pela janela, iluminando o ambiente de maneira acolhedora, enquanto o cheiro do café recém passado preenchia o ar. Aproveitando a calmaria, Lorena sentiu que aquele seria o momento ideal para conversar com Rick.— Meu amor, vamos aproveitar que os meninos já estão na escola e conversar — ela começou, com a voz calma, mas carregada de um certo peso — A Lara está dormindo, e ficamos de olho pela babá eletrônica.Rick a seguiu até o quarto, onde se acomodou em uma poltrona ao lado da janela. Ele estava com a camisa aberta, seu olhar sério refletindo a tensão que ambos sentiam. O ambiente estava em silêncio, exceto pelos s
O hospital estava mergulhado em sua calmaria habitual, apenas o som distante dos monitores cardíacos e o murmúrio dos funcionários preenchiam os corredores. Lorena Fischer aproveitava esse breve momento de paz em sua sala, organizando alguns relatórios, quando uma voz grave e furiosa cortou o silêncio.— Cadê o médico? Não tem médico nessa porra não?! — A voz ecoou pela recepção, carregada de impaciência e fúria.Camila, a enfermeira, ergueu o olhar, mantendo a postura profissional.— Senhor, por favor, acalme-se. Em que posso ajudá-lo?O homem à sua frente não parecia disposto a ouvir. Sua mandíbula estava travada, os olhos intensos como lâminas afiadas, e a presença dele exalava autoridade.— Eu quero a porra de um médico AGORA!Lorena franziu a testa ao ouvir a discussão. Saiu da sala com passos firmes, sentindo a tensão no ar aumentar a cada segundo. Assim que chegou à recepção, seus olhos captaram a cena. Um homem de terno preto, ombros largos e expressão feroz dominava o espaço.
A sala estava silenciosa, exceto pelo bip ritmado dos monitores cardíacos e pelo sutil zumbido do ar-condicionado. O cheiro de antisséptico ainda dominava o ambiente, misturando-se ao leve aroma metálico de sangue seco. Lorena examinava o paciente, conferindo seus sinais vitais, quando um movimento brusco fez seu coração disparar.Gustavo Maxwell agarrou seu braço com força inesperada.— Ai, meu Deus! — ela exclamou, recuando levemente. — Você quase me mata de susto!Os olhos dele estavam confusos, piscando várias vezes antes de se fixarem nela.— Onde eu estou? — sua voz saiu rouca, carregada de sono e desorientação.Lorena sorriu, profissional, mas aliviada.— Sou a Dra. Lorena. Que bom que você acordou. Seu amigo já estava surtando porque não deixei ele te ver.— Por quê? — Gustavo franziu a testa, ainda tentando processar a informação.— Você passou por uma cirurgia bem delicada e ficou inconsciente por dois dias.— Dois dias? — ele repetiu, incrédulo. — Com certeza o chefe deve e
O olhar de Rick se tornou ainda mais frio.— Dra., preciso tirar ele daqui ainda hoje. Saia desse quarto agora e volte com a alta dele assinada — ordenou, sua voz carregada de ameaça.Lorena cruzou os braços, desafiadora.— Senhor, como eu disse...Rick deu um passo à frente, sua presença tornando-se opressora.— Dra., saia agora da porra do quarto, antes que eu...— Espera, chefe! — interrompeu Gustavo, com esforço. — Dra., por favor, vá... depois você volta.Lorena lançou um último olhar a Rick, contendo sua raiva, e saiu do quarto sem dizer mais nada. Assim que chegou ao seu consultório, soltou um suspiro frustrado e passou as mãos pelos cabelos.— Meu Deus, o que foi aquilo? Esse homem é louco, só pode! — murmurou, sentindo a raiva borbulhar dentro de si.***No quarto, o silêncio era interrompido apenas pelo barulho distante dos monitores cardíacos e pelo leve zumbido das lâmpadas fluorescentes. Gustavo, ainda pálido, ergueu os olhos para Rick Ocasek, que mantinha a expressão dur
Ele se aproximou da mesa de Lorena, olhando-a com uma intensidade que a fez desviar ligeiramente o olhar, antes de retomar o contato visual. O cheiro de seu perfume, algo amadeirado e ligeiramente picante, chegou antes dele.— Boa tarde, Dra. Lorena, sou o detetive Matt Dallas. Gostaria de fazer algumas perguntas. — A voz dele era profunda, rouca, com um tom sério, mas ainda assim carregado de um leve toque de desafio.Lorena ajustou-se na cadeira de couro, um leve estalo do material quebrando o silêncio. Ela manteve a postura ereta, mas seus olhos estavam agora focados no detetive. A luz que entrava pela janela iluminava o rosto dele, destacando a mandíbula forte e os olhos azuis penetrantes, que nunca a deixaram de encarar.— Boa tarde, detetive. Em que posso ajudar? — Ela respondeu, com a calma característica de quem lida com urgências todos os dias, mas sem perder a vigilância. E se recostou na cadeira de couro escuro, cruzando as pernas de forma graciosa.Dallas puxou uma pasta p