Ana estava sentada à entrada da emergência, com o olhar perdido na dança das luzes, oscilando entre claro e escuro, uma sensação de desorientação emergindo dela.
Enquanto seu corpo lentamente se entregava ao torpor, Bruno e Rafaela foram os primeiros a chegar.
Ao ver Ana, ressentimentos antigos e recentes irromperam em Rafaela, que avançou e desferiu um tapa contra Ana.
Esse golpe, impulsionado por toda a força que Rafaela conseguia reunir, fez Ana cambalear para trás.
- É culpa sua, não é? Quando Paulo partiu, ele estava bem. Agora, aqui está ele, lutando pela vida, e tudo isso não é por sua causa? Responda!
Ana cobriu o rosto, silenciosa.
Não havia contestação a ser feita.
Apesar de toda a situação, desde o início ao fim, não ser o que ela desejava, ainda assim, estava inextricavelmente ligada a ela.
Se algo acontecesse a Paulo, custaria uma vida.
- Se algo acontecer a Paulo, eu nunca vou perdoá-la. Juro!
Rafaela observava Ana suportando tudo pacientemente, mas a raiva em se