A sala ainda estava em silêncio, e Mariana suspirou resignada.
- As crianças se recusam a comer, já estão com fome há um dia. Você não vai mesmo dar uma olhada?
Assim que ela terminou de falar, um estrondo ecoou pelo quarto, parecendo o som de algo caindo no chão. Após um momento, passos foram ouvidos e Leo apareceu, abrindo a porta.
Ao abrir, um forte cheiro de fumaça se espalhou, fazendo com que tossissem incessantemente.
O rosto esgotado de Leo apareceu diante deles. Mariana sentiu uma dor aguda no coração ao ver seu orgulhoso filho nesse estado pela última vez, quando Ana fingiu estar morta e fugiu para o exterior.
De qualquer forma, a situação lamentável de Leo estava, de alguma forma, sempre relacionada àquela mulher.
- Eles ainda não querem comer?
Leo passou à noite no quarto, refletindo muito. Às vezes, por puro cansaço, adormecia por um momento.
No entanto, em seus sonhos, a imagem de Ana aparecia constantemente, trazendo à tona muitas lembranças entre eles, detalhe por detalh