Narrado por lorde
Ao adentrar no quarto, o impacto de vê-la ali, tão frágil, foi avassalador. O corpo de Maitê estava conectado a uma série de fios, os rostos pálidos e sem cor, a expressão dela distante, como se estivesse em algum lugar muito longe. Sua respiracão frágil era o único som no quarto, junto ao monitor que emitia sinais inconstantes de sua luta silenciosa.
A doutora, ciente da gravidade da situação, nos deu espaço, saindo para nos deixar a sós. O Cobra, com os olhos cheios de lágrimas, segurava a mão de sua filha com um gesto de afeto e culpa.
— Me perdoe, minha criança. Me perdoe por todos esses anos. Achei que estava fazendo o melhor para você, mas vendo você assim, percebo o quanto estava errado. Quando você acordar, estarei aqui, mesmo que seja para você me xingar. Eu estarei aqui. — As palavras do Cobra eram como uma oração sincera, uma tentativa de corrigir os erros de uma vida inteira de distância emocional, uma tentativa desesperada de reconectar.
Ele se afastou