Zoio pode ter descoberto sobre você e matado os meus homens.
Ele segura meu queixo e me obriga a encará-lo, seus dedos firmes, mas surpreendentemente cuidadosos. Seu toque queima minha pele, um contraste brutal contra a tempestade que se forma dentro de mim.
— Ajudaria muito se me dissesse que as ações que estou tomando valerão a pena. Há uma guerra lá fora, e eu aqui, preso nessa casa, tudo por causa de uma garota que me vê como um monstro. — Minha voz sai mais baixa, quase um sussurro rouco. — Me diga, Isabela, me diga que pode me ver com olhos diferentes.
Eu não digo nada, e ele continua:
— Preciso arrumar o valor que o Zoio me pediu. E não será fácil conseguir tanto dinheiro em espécie. Por isso estou nervoso. — Suas palavras pesam no ar, carregadas de exaustão. Ele não está apenas preocupado com a violência ao seu redor, mas com algo muito maior, algo que está escapando do seu controle.
Observo-o atentamente e percebo que ele está sendo consumido pelo próprio jogo que jurou dominar. Há sombras em seus olhos verdes que antes eu não via. Ele