Não temo nada.
Estendo minha mão para ele. Ele joga o cigarro fora lentamente, como se estivesse saboreando cada movimento.
— Amigos? Por que não?
Ele pega minha mão e a segura na sua, tão forte que é impossível puxá-la. Seu toque é quente, possessivo. O calor dele se espalha pelo meu corpo, me deixando zonza. Seu polegar desliza de leve sobre minha pele, provocando arrepios.
— Estou de olho em você, Rebeca.
Eu ofego quando ele continua segurando minha mão. O silêncio fica pesado entre nós. O olhar de Dante me desnuda, analisa, estuda cada detalhe como se pudesse decifrar meus segredos mais profundos. Me sinto exposta, vulnerável. Meu coração martela dentro do peito.
Ele então solta a minha mão devagar, como se testasse minha reação. Eu recuo um passo, e ele sorri, divertido.
— Você precisa confiar mais nas pessoas. Bem, preciso ir, se me der licença.
— Mais tarde podemos conversar. — Ele sorri, depois de me medir de cima a baixo. — Sobre Alice, é claro.
Pelo olhar de predador dele, eu duvido muito.