Ela sabia que Leandro com certeza ficaria incomodado, mas era exatamente isso que ela queria. Queria deixá-lo irritado.
Quanto mais irritado ele ficava, mais alívio sentia por dentro.
Leandro já havia mandado investigar tudo. Estacionou o carro na entrada do hotel, desligou o motor e ficou observando Marília descer com o café da manhã nas mãos e entrar no prédio, até desaparecer de sua vista.
Ele não saiu dali. Acendeu um cigarro e permaneceu sentado dentro do carro.
Marília e aquele homem ainda não tinham chegado "naquilo", mas ele sabia muito bem que um homem e uma mulher irem juntos ao cinema, com direito a flores, já era um sinal claro.
E ele precisava cortar esse sinal pela raiz o quanto antes.
...
Marília subiu com o café da manhã e, após conferir o número do quarto no celular, finalmente tocou a campainha.
Tocou três vezes até que alguém abrisse a porta.
Um homem só de cueca samba-canção e com o peito nu, ainda se espreguiçando, apareceu diante dela com total naturalidade.
— Mar