O relâmpago azul-escuro estourou no céu, e a chuva torrencial caiu, como se fosse inundar toda a cidade.
Cipriano olhava fixamente pela janela até o chão, com as sobrancelhas franzidas.
Saulo abriu a porta e entrou, colocando a comida na mesa à sua frente.
— Coma algo.
Cipriano levantou os olhos e perguntou:
— E ela?
Saulo sabia de quem ele estava falando. Sentou-se no sofá à sua frente e, de forma indiferente, respondeu:
— Foi embora.
O olhar de Cipriano se apagou.
Saulo disse mais uma coisa:
— Acabou de sair.
Cipriano ficou esperando que ele falasse mais, mas Saulo, após dizer isso, pegou uma revista ao lado e começou a folheá-la.
— Valter e Dionísio?
— Estão lá fora, sentados. Quer jogar alguma coisa? Posso chamá-los para você.
Então, Saulo largou a revista e se levantou, indo em direção à porta.
— Onde está a Odete? — Perguntou Cipriano.
— Ela foi resolver umas coisas com a Aurora Filmes. — Saulo parou, pensativo, e disse. — O que foi? Está preocupada com a Marília?
Cipriano pegou