O corpo de Helena enrijeceu por um instante. Ela assentiu com a cabeça e sorriu amargamente:
— A Marília me detesta. Tudo o que tem a ver comigo a deixa sensível. Vou tentar evitá-la ao máximo, não quero te colocar numa situação difícil.
Leandro assentiu com frieza, em silêncio.
Ao ver o quanto ele defendia Marília, Helena sentiu uma dor profunda no peito. Abaixou a cabeça para enxugar as lágrimas, depois levantou o rosto forçando um sorriso:
— Bem... já está ficando tarde, vou embora. Você pode avisar o Raulino e os outros?
Leandro respondeu apenas:
— Tá bom.
Helena achava que ele iria insistir para que ela ficasse, mas ele não o fez.
Ela não teve escolha senão ir embora.
...
Leandro voltou ao camarote.
Raulino ergueu uma sobrancelha ao vê-lo entrar sozinho e perguntou:
— Cadê a Helena?
— Foi embora.
Leandro se sentou e pegou a garrafa para se servir.
Raulino e Adalberto trocaram olhares.
— O que houve com você? — Perguntou Raulino.
Leandro não respondeu. Parecia calmo, mas bebia uma