Os olhos de Marília eram lindos. Quando ela estava feliz, seus olhos se curvavam num sorriso encantador que trazia uma sensação agradável a quem a visse. Mas agora estavam cheios de lágrimas; o branco dos olhos estava avermelhado, e as lágrimas escorriam sem parar, deixando evidente sua tristeza e dor.
Leandro olhava para Marília daquele jeito e sentia o coração apertado. Afrouxou um pouco o colarinho da camisa e, por fim, saiu de cima dela.
Logo depois, se ouviu o som da porta sendo aberta e fechada do lado de fora.
Ele havia ido embora.
Marília se sentou depressa na cama, arrumou a roupa, enxugou os olhos e voltou a organizar suas coisas.
Leandro desceu e entrou no carro. Sentado ao volante, acendeu um cigarro. Foi assim que viu Marília saindo com a mala nas mãos.
A noite já havia caído e um vento forte soprava, levantando folhas e galhos pelo chão. Parecia que ia chover.
Leandro franziu a testa, mas acabou ligando o carro e começou a segui-la.
Marília caminhava devagar, puxando a ma