Quando Leandro ouviu a palavra "felicidade", sorriu levemente, com um sorriso indulgente:— Vou comprar para você uma pulseira de ouro grande.Marília ficou parada por um momento, depois balançou imediatamente a cabeça:— Não precisa comprar, eu já tenho um anel, está bom. Aquela pulseira de ouro... é muito vulgar, não gosto dela.— Se as esposas dos outros têm, eu também tenho que comprar para você.Marília se lembrou de que tinha ouvido isso na última vez em que esteve no elevador do shopping. Ela corou e disse:— Você também ouviu.— Sim. — Leandro olhou para o rosto delicado e sedutor dela, e sua garganta se moveu ao engolir. — A partir de agora, se você quiser alguma coisa, pode me dizer!Marília sentiu que provavelmente estava parecendo muito ansiosa, e que Leandro havia percebido. Ela se sentiu um pouco envergonhada.Após o almoço, Leandro a acompanhou até o ponto de táxi.Enquanto esperavam, o celular de Leandro vibrou.Ele pegou o celular, olhou rapidamente e atendeu à ligação
Apenas a parte do peito estava exposta, mas, ao olhar, não parecia vulgar. Hoje em dia, as jovens costumam se vestir assim. As marcas de luxo também criam esses designs para agradar ao estilo preferido do público consumidor.Mas Leandro não gostou, e Marília não teve escolha a não ser seguir sua sugestão e trocar de roupa. A outra opção, um vestido branco, também foi escolhida por Leandro. Era de um estilo fofo e fresco, algo que ela achava que ele gostava.Agora, ela tinha uma ideia melhor do tipo de garota que Leandro preferia....A avó Adelina não morava com os pais de Leandro. Ela morava um pouco afastada do centro da cidade, perto do subúrbio, dizendo que o ar lá era melhor, o que ajudava na saúde dela.Depois de estacionar o carro, Marília olhou para o relógio. Já passava das sete horas.Ela entregou o bolo e os biscoitos a Leandro e logo o seguiu para dentro.A sala estava bem iluminada.Assim que entraram, Marília viu a avó Adelina sentada no sofá da sala, acompanhada de outra
— Leandro, o que você está tentando fazer? Elísia se levantou do sofá rapidamente, com uma expressão horrorizada. — Parece que você ainda não esqueceu daquela história! — Aureliano, mesmo estando no chão, ainda sorria de forma maliciosa e desafiadora. — Mas eu realmente não esperava que você fosse tão apegado à Helena, tanto que ficou solteiro por tantos anos e, no final, se casou com a irmã dela! O rosto de Marília ficou pálido. Leandro agarrou novamente a gola de Aureliano e deu um soco forte. O primeiro soco foi seguido de outro, e, a cada golpe, a força e a intensidade eram tão grandes que era possível ouvir o som de ossos se chocando, criando uma cena de brutalidade impressionante.Elísia, furiosa, gritou: — Leandro, pare com isso! Daniel correu para tentar impedir o filho. Marília também se levantou, apressadamente, e tentou segurar a mão do homem. — Leandro, pare de bater. Mas o homem não deu atenção a ela e, com força, a empurrou para longe. — Mimi! Feli
— Por causa deles, você nos mandou embora! — Elísia estava furiosa. — Mãe, o Leandro também tem culpa nessa história...Larissa rapidamente apertou o braço do marido, fazendo-lhe um sinal com os olhos para que se calasse. — Muito bem, vocês é que são uma família, eu e o Aureliano somos os extras. Vocês... Daniel, Leandro, vamos ver até quando vocês vão ficar se achando! Aureliano, vamos embora! Aureliano, relutante, seguiu o pai. Adelina observou Elísia se afastar e suspirou. Quando virou o rosto, um sorriso afetuoso voltou a iluminar seu rosto: — Mimi, você deve estar com fome, a vovó pediu para a cozinha preparar a comida, vamos para o restaurante agora! Adelina se levantou, e Larissa rapidamente foi ajudá-la. Marília também a seguiu. — Leandro, venha comigo! Leandro seguiu seu pai escada acima. Marília estava um pouco preocupada. Larissa sorriu e disse: — Mimi, não se preocupe com eles, vamos comer primeiro. Marília deu um leve aceno com a cabeça e desviou o
— Então, Mimi, eu conheço bem o meu filho e consigo perceber que ele sente muito carinho por você. Não ligue para o que Aureliano disse, a história com a Helena já faz muitos anos. Namorar na época de estudante é algo normal, e depois que a Helena foi para os Estados Unidos, eles perderam o contato. Já faz tanto tempo que isso ficou no passado. O fato de ele querer se casar com você só prova que ele já superou essa fase. Meu filho não é alguém que fica se arrastando por algo do passado. Se ele ainda não tivesse superado a Helena, não estaria se envolvendo com outra mulher.Marília assentiu.— Mãe, eu entendo.Ela sabia que Leandro não a via como um substituto. Ela e Helena não eram irmãs de sangue, não se pareciam e tinham uma relação ruim. Marília já tinha causado muitos problemas para Helena e, naquela época, Leandro a detestava.Se não fosse pela vingança contra Esperança, se não tivesse sido naquela noite no hotel, eles provavelmente nunca teriam se envolvido.— Leandro parece ser
— Por que você está com raiva? Ainda é por causa do que aquele Aureliano disse? — Ela se lembrou de quando ele bateu em alguém naquele dia, algo que nunca imaginou que Leandro faria. Ele havia perdido toda a elegância e serenidade de antes, e seus olhos estavam sombrios, cheios de uma raiva densa e fria, facilmente perceptível. Ele estava realmente muito irritado. Então, aquela era a aparência dele quando estava bravo. Era diferente da frustração e do desagrado que ele demonstrava quando estava com ela. Marília sentiu uma sensação estranha de amargor e desconforto. À noite, não havia muito trânsito. Leandro rapidamente estacionou o carro no estacionamento em frente ao prédio, e, quando os dois subiram, Marília o seguiu para dentro de casa, observando-o trocar os sapatos e caminhar para o interior sem sequer olhar para ela. Ele não lhe deu um único olhar, nem disse uma palavra. Isso fez com que o desconforto de Marília, que estava reprimido durante toda a noite, chegasse
Após a euforia, Marília se apressou a voltar para o quarto e ligar o computador. Ela acessou seu e-mail e viu que Zélia havia enviado o endereço e o horário do encontro, sem adicionar mais nada. Como deveria se preparar para isso? Marília ligou novamente para Zélia, mas, dessa vez, a chamada não foi atendida. Já era tarde, pensou ela, olhando para o relógio, que marcava mais de dez horas. Marília colocou o celular de lado, tomou um banho, secou os cabelos e fez seus cuidados com a pele antes de pegar papel e caneta para buscar inspiração. Ela revisou alguns dos designs anteriores, escolheu os que considerava bons e pensou em levá-los no dia seguinte. Também procurou os originais das mais de dez imagens que Cipriano havia curtido e as guardou na pasta. Depois de tudo isso, ela também estava cansada. Olhou novamente para o celular e viu que já passava da meia-noite. Marília pensou em mandar uma mensagem para Leandro, perguntando quando ele voltaria, mas, ao lembrar dos ac
Ela se apressou para o banheiro, lavou-se e ainda tomou um banho. Quando terminou de se arrumar e abriu a porta para sair, viu Leandro, como sempre, sentado no sofá esperando por ela. — Vamos tomar o café da manhã. — Certo. Nenhum dos dois mencionou o que havia acontecido no dia anterior. Como de costume, após o café da manhã, Leandro a levou ao trabalho. No carro, Marília pensava sobre o jantar de mais tarde e estava prestes a comentar, quando o homem falou primeiro: — Hoje à noite, você não precisa preparar minha comida, vou chegar em casa mais tarde. Marília ficou surpresa. Leandro parou o carro no semáforo no cruzamento e, ao virar a cabeça, viu a expressão de desânimo e... insatisfação no rosto de Marília. Ele explicou: — Vai ter um evento na cidade, eu preciso ir. Não era que ele estivesse tentando evitá-la. Marília assentiu com a cabeça. Leandro estendeu a mão e acariciou a cabeça dela. — Vou voltar mais cedo. Marília apreciava esses gestos de carin