O som insistente da notificação no celular despertou Helena mais cedo do que ela gostaria. Ela esticou o braço, ainda sonolenta, e puxou o aparelho da mesa de cabeceira. Seus olhos arregalaram ao ler a enxurrada de mensagens.
— “Você viu isso?”
— “Saiu em todos os portais!”
— “Cuidado, Helena. Isso tem cara de armação.”
Assustada, ela abriu o link enviado por Júlia. Seu sangue gelou.
“Dossiê VAZADO: Empresária Helena Martins Vasconcellos envolvida em esquema de favorecimento na empresa do marido. Fontes garantem que ela manipulou contratos para subir de cargo rapidamente.”
— Mas que diabos é isso? — ela se levantou num pulo, apavorada.
As mãos tremiam enquanto rolava a matéria recheada de informações distorcidas, meias verdades e mentiras descaradas. Fotos dela entrando e saindo de reuniões foram usadas como “provas” de negociações ilícitas. Documentos adulterados e supostos áudios completavam a farsa.
O celular tocou. Era Júlia.
— Helena, você viu? — A amiga estava desesperada. — Iss