O som da impressora preenchia o silêncio da sala enquanto Helena olhava, atenta, os arquivos que Lavínia trouxera. Cada folha revelava um pouco mais do império subterrâneo que sustentava Dominus — e dos nomes que colaboravam com ele.
Leonardo, de pé ao lado dela, cruzava os braços com tensão. Júlia fazia anotações apressadas, traçando linhas entre empresas, políticos e supostos investidores.
— Tem algo errado — disse Helena, de repente.
— O quê? — perguntou Leonardo.
— Isso tudo aqui… já vazou. Antes mesmo da coletiva. A tentativa de me sequestrar, as acusações falsas contra você, o aviso para a Júlia… Eles sabiam. Sabiam que a Lavínia estava vindo. Sabiam o que tínhamos.
Ela olhou em volta, os olhos apertados.
— Isso só pode significar uma coisa: tem alguém aqui, entre nós, alimentando Dominus.
Júlia arregalou os olhos.
— Um infiltrado?
— Ou um traidor — corrigiu Helena. — E não vamos parar até descobrir quem é.
Naquela tarde, Helena fez algo inesperado: revelou informações falsas.
E