Marília parou bem na entrada do elevador.
Esperança se aproximou com passos firmes, sem a menor piedade na voz:
— Sabe por que aquela Juliana está puxando o seu saco agora? Porque você é filha adotiva da família Pereira. Porque já namorou o Cipriano. Isso dá visibilidade para ela, engajamento. Até essa amizade entre vocês duas foi algo que ela mandou a equipe de marketing comprar para subir nos assuntos mais comentados. Ela está te usando como trampolim...
Marília respondeu friamente:
— E o que isso tem a ver com você?
— Só estou tentando te alertar. — Disse Esperança, franzindo a testa. — A gente já foi amiga. Não quero ver você sendo enganada por ela. No mundo do entretenimento, não existe sentimento verdadeiro. Aqui, o que mais tem é gente puxando o tapete dos outros e se aproveitando. Você não deve ficar muito próxima dela!
Marília, de repente, sorriu:
— Amiga? Desde quando somos amigas?
A expressão de Esperança ficou embaraçada ao ouvir aquele tom de desprezo. Mordeu os lábios ant