Marília havia reservado uma mesa em um restaurante francês.
A essa hora, a maioria dos clientes já tinha ido embora, restando apenas algumas poucas mesas ocupadas aqui e ali.
Ela escolheu um canto discreto e reservado para se sentar.
Depois de fazer o pedido e entregar o cardápio ao garçom, ela pegou o celular.
Leandro estava mais lento; quando o garçom se afastou com o cardápio, ele voltou o olhar para o rosto dela, observando-a em silêncio por um tempo. Engoliu em seco e, com um sorriso, perguntou:
— Que tipo de filme você quer ver?
— Qualquer um.
Comprar ingressos para o cinema não era como fazer uma reserva em um restaurante. Se não houvesse mesa disponível no horário desejado, ainda dava para esperar ou escolher outro lugar. Já os ingressos precisavam ser pagos antecipadamente e, se não conseguissem assistir, perderiam o dinheiro. Por isso, Marília preferia esperar até chegar ao cinema para comprar para a próxima sessão. O preço era praticamente o mesmo.
Mas, para Leandro, essa re