— Não quero ver você! — Marília pegou o cartão do quarto e abriu a porta.
Quando entrou, se virou, com um semblante frio e impassível, e disse:
— Não estou com paciência para te receber, não me irrite, entendeu? — Depois, com um gesto decidido, fechou a porta.
Assim que entrou, largou a bolsa sobre a mesa, jogou-se na cama, o corpo e a mente pesando sobre ela. Pensava no que havia acontecido desde a noite passada até aquele momento; ela estava sozinha novamente.
Essa realidade girou em sua cabeça duas vezes, e no fundo do seu ser, um lugar íntimo se abriu novamente. Um vento frio e cortante entrou em seu corpo, fazendo com que o pequeno corpo de Marília se encolhesse.
Quando o som da campainha tocou, ela ficou imóvel, olhando para fora da janela escura, sem reação.
O toque da campainha foi contínuo, e, por fim, ela, exasperada, se levantou da cama e foi abrir a porta:
— Leandro, você não pode simplesmente parar de ser inconveniente!
O homem lhe estendeu um copo térmico:
— Beba isso, va