— Foi culpa minha.
Nesse momento, a porta do camarote foi aberta por fora.
Um garçom entrou, segurando um grande buquê de rosas. Marília viu o garçom entregar o buquê a Leandro.
Leandro estendeu as flores para ela.
Marília mordeu os lábios.
— Foi ideia da Helena?
— Não, foi do Miguel. — Leandro observava atentamente a expressão dela. — Ele disse que toda garota gosta de flores. Eu queria te agradar.
Miguel era o assistente pessoal de Leandro.
Ela sabia que Leandro jamais se lembraria, por conta própria, de lhe dar flores.
— Você já deu flores para a Helena antes?
— Não. — Leandro não era bobo, reagiu rapidamente e acrescentou. — É a primeira vez que dou flores para uma mulher.
Ao ouvir que era a primeira vez, a expressão de Marília suavizou um pouco. Ela estendeu a mão, pegou o buquê e cheirou as flores.
— Se você gostar, posso te dar flores todos os dias.
Marília levantou os olhos e lançou um olhar para o homem; era óbvio que ela percebia a tentativa dele de ag