Ela se apressou para o banheiro, lavou-se e ainda tomou um banho. Quando terminou de se arrumar e abriu a porta para sair, viu Leandro, como sempre, sentado no sofá esperando por ela. — Vamos tomar o café da manhã. — Certo. Nenhum dos dois mencionou o que havia acontecido no dia anterior. Como de costume, após o café da manhã, Leandro a levou ao trabalho. No carro, Marília pensava sobre o jantar de mais tarde e estava prestes a comentar, quando o homem falou primeiro: — Hoje à noite, você não precisa preparar minha comida, vou chegar em casa mais tarde. Marília ficou surpresa. Leandro parou o carro no semáforo no cruzamento e, ao virar a cabeça, viu a expressão de desânimo e... insatisfação no rosto de Marília. Ele explicou: — Vai ter um evento na cidade, eu preciso ir. Não era que ele estivesse tentando evitá-la. Marília assentiu com a cabeça. Leandro estendeu a mão e acariciou a cabeça dela. — Vou voltar mais cedo. Marília apreciava esses gestos de carin
Pessoas continuavam chegando para brindar e conversar.Leandro não gostava muito desse tipo de ambiente; achava mais confortável quanto ficar em casa com a Marília.— Presidente Leandro, Presidente Raulino, hoje temos várias atrizes lindas aqui. Se vocês se interessarem, posso organizar tudo para vocês imediatamente.Leandro recusou sem pensar duas vezes:— Não precisa.— Presidente Leandro, você não gosta de atrizes? Se preferir uma universitária mais recatada, também posso arranjar...— Não tenho interesse.Era raro ver um homem no mercado que não tivesse interesse por mulheres.Homens que não se interessam por mulheres são difíceis de agradar. Representam um verdadeiro desafio nos círculos sociais.Raulino fez uma piada:— Ele tem uma esposa, não se preocupem com ele.— Então, Presidente Raulino, e você...?— Eu sou um solitário, pode organizar algo para mim.— Ok, vou providenciar tudo agora.Quando as pessoas saíram, Leandro ainda fez questão de avisar:— Não caia na armadilha del
— Saia!O Presidente Thiago havia lhe dito que Leandro tinha bebido uma bebida adulterada.Desde que Esperança soube como Marília havia conseguido prender Leandro, decidiu imitá-la para conquistar o homem.Ela sabia que o Grupo Santos estava na lista do evento beneficente daquela noite, então conversou com o Presidente Thiago sobre uma parceria.— Eu não vou embora, Leandro, você sabe que fui eu quem se apaixonou por você primeiro!Esperança estava disposta a tudo naquela noite, afinal, aquele era o homem por quem ela vinha suspirando havia mais de quatro anos.E ele era tão nobre, influente e poderoso.Esperança tirou o vestido que usava, ficando apenas de lingerie, com o rosto corado enquanto caminhava até ele.— Leandro, a Marília sabia que eu gostava de você, por isso tentou seduzi-lo. Por que ela conseguiu e eu não?Leandro, ao ver o corpo da mulher, só conseguia pensar em Marília. Ele queria possuí-la loucamente.Esperança notou o suor escorrendo pela testa dele e as veias saltad
Marília desligou o celular e olhou para a tela que se apagava. Ela achava que Leandro deveria ser capaz de cuidar de si mesmo; afinal, ele era médico. Mas, ao se lembrar da respiração pesada dele mais cedo, sentiu-se preocupada. Marília voltou imediatamente para a sala e disse ao assistente de Cipriano: — Então... desculpe, aconteceu algo urgente em casa, preciso voltar! — Cipriano vai chegar em breve. Não vai esperar mais um pouco? Essa oportunidade é rara. Acho que seu design está ótimo, e Cipriano sempre apreciou o seu trabalho... — Alguém em casa está doente, preciso voltar para ver como está. Marília não esperou resposta e saiu correndo do local. Ela correu apressada, ainda olhando para o relógio no elevador, torcendo para que ele descesse mais rápido. Quando o elevador chegou ao térreo e as portas se abriram, três pessoas estavam esperando. Uma delas usava um boné e uma máscara, vestia-se de maneira muito estilosa e tinha uma aparência marcante. Um belo rapaz,
O homem apertou a mão dela e a levou para baixo. Marília corou, tentando se soltar. — Me deram uma droga. Marília parou de se debater e abriu a boca: — Que droga? — Você sabe. — Leandro segurou sua mão, beijando sua orelha, com a respiração quente e rouca. — Eu me lembro de você ter dito ontem que iria me dar uma recompensa. Ele lhe deu um anel, ela realmente tinha dito isso, mas ao pensar nas coisas que aconteceram ontem, Marília ainda sentia um nó no coração. Mas, já que ele estava assim, não podia simplesmente ignorá-lo, teve que deixá-lo fazer o que quisesse. ... Era a terceira vez que Marília e Leandro tinham relações sexuais. Dessa vez, em comparação com a segunda, não foi tão agradável. Durou muito tempo, a ponto de Marília se sentir exausta até no trabalho, no dia seguinte. O telefone de Zélia tocou. — Por que você foi embora tão cedo ontem? — Tive alguns problemas. — Perguntei para a assistente do Cipriano, e ela disse que alguém na sua casa estava
— O hospital não tem só a mim como médico.— Mas foram procurar justamente você. Algumas pessoas chegaram a pegar trem de outras cidades só para te ver.Marília pensou na tia que esperava do lado de fora da sala de cirurgia pela criança. Comparado a alguém passando por uma cirurgia, ter febre realmente não era grande coisa. Ela mesma já tinha ficado sozinha assim antes.Era só descansar uns dois dias que tudo melhorava.Leandro a olhava com o coração apertado, como se estivesse cheio de algodão.— Agora estou resfriada. Você não pode ficar perto de mim, senão vai acabar se contagiando!Leandro acendeu o abajur do criado-mudo, apagou a luz branca do teto e saiu do quarto.Marília puxou o cobertor e dormiu mais um pouco. Foi Leandro quem a acordou. Marília quis sair da cama para comer, mas Leandro não deixou, insistindo em alimentá-la.— Eu consigo comer sozinha. Pode ir embora.Leandro largou os talheres.No segundo seguinte, segurou o queixo dela. Aquele aroma fresco e masculino a envo
— Isso mostra que o Cipriano te dá sorte. Ele é seu padrinho de verdade, então você precisa aproveitar bem essa oportunidade. Se conseguir pegar os trabalhos da equipe dele, vai poder começar a acompanhar os grupos, como eu. Quando sua reputação estiver estabelecida, ainda vai poder criar sua própria marca de joias. Não seria ótimo?O sonho de Marília sempre foi criar sua própria marca de joias, e Zélia era quem mais a conhecia.— Na terça-feira, eu vou tentar.— Certo, combinado então. Você não pode faltar de novo por causa de outra pessoa. Essa oportunidade não vai aparecer uma terceira vez!Marília respondeu com um murmúrio suave.Hoje era quinta-feira. Na próxima terça, seu resfriado já teria passado.Depois de desligar o celular, Marília se deitou novamente para dormir.Mas ela mal fechara os olhos quando ouviu o som da porta se abrindo. Abriu os olhos e viu Leandro entrando.Ele estava de roupão e se deitou na cama dela. Marília arregalou os olhos:— O que você está fazendo aqui
— Você vai comigo amanhã? — Marília perguntou mais uma vez.— Você já não tinha prometido para elas?— Mas elas só estavam esperando você concordar... Se você não quiser ir, posso ir sozinha...— Eu passo lá para te pegar depois do trabalho.Marília percebeu que ele realmente queria ir com ela, sorriu com os olhos apertados e disse:— Tá bom. — Pegou a tigela de pipoca e continuou a comer.Leandro aumentou um pouco o volume da TV.Marília lhe ofereceu a pipoca.Quando Leandro abriu a boca, ela rapidamente colocou a pipoca na própria boca e sorriu para ele, muito feliz.Leandro olhou para os olhos travessos dela e, de repente, pressionou a nuca dela, se inclinando para beijá-la.Os lábios se entrelaçaram, o gosto da pipoca salgada se espalhou entre os dentes dos dois, e o beijo de Leandro foi agressivo e sensual. Marília sentiu todos os seus nervos, conectados aos seus sentidos, tremerem sob a atitude ousada e extrema dele.Quando o beijo terminou, o rostinho de Marília estava corado, e