— O hospital não tem só a mim como médico.
— Mas foram procurar justamente você. Algumas pessoas chegaram a pegar trem de outras cidades só para te ver.
Marília pensou na tia que esperava do lado de fora da sala de cirurgia pela criança. Comparado a alguém passando por uma cirurgia, ter febre realmente não era grande coisa. Ela mesma já tinha ficado sozinha assim antes.
Era só descansar uns dois dias que tudo melhorava.
Leandro a olhava com o coração apertado, como se estivesse cheio de algodão.
— Agora estou resfriada. Você não pode ficar perto de mim, senão vai acabar se contagiando!
Leandro acendeu o abajur do criado-mudo, apagou a luz branca do teto e saiu do quarto.
Marília puxou o cobertor e dormiu mais um pouco. Foi Leandro quem a acordou. Marília quis sair da cama para comer, mas Leandro não deixou, insistindo em alimentá-la.
— Eu consigo comer sozinha. Pode ir embora.
Leandro largou os talheres.
No segundo seguinte, segurou o queixo dela. Aquele aroma fresco e masculino a envo