— Por que você está com raiva? Ainda é por causa do que aquele Aureliano disse? — Ela se lembrou de quando ele bateu em alguém naquele dia, algo que nunca imaginou que Leandro faria.
Ele havia perdido toda a elegância e serenidade de antes, e seus olhos estavam sombrios, cheios de uma raiva densa e fria, facilmente perceptível. Ele estava realmente muito irritado.
Então, aquela era a aparência dele quando estava bravo.
Era diferente da frustração e do desagrado que ele demonstrava quando estava com ela.
Marília sentiu uma sensação estranha de amargor e desconforto.
À noite, não havia muito trânsito.
Leandro rapidamente estacionou o carro no estacionamento em frente ao prédio, e, quando os dois subiram, Marília o seguiu para dentro de casa, observando-o trocar os sapatos e caminhar para o interior sem sequer olhar para ela.
Ele não lhe deu um único olhar, nem disse uma palavra.
Isso fez com que o desconforto de Marília, que estava reprimido durante toda a noite, chegasse