— Você vai comigo amanhã? — Marília perguntou mais uma vez.— Você já não tinha prometido para elas?— Mas elas só estavam esperando você concordar... Se você não quiser ir, posso ir sozinha...— Eu passo lá para te pegar depois do trabalho.Marília percebeu que ele realmente queria ir com ela, sorriu com os olhos apertados e disse:— Tá bom. — Pegou a tigela de pipoca e continuou a comer.Leandro aumentou um pouco o volume da TV.Marília lhe ofereceu a pipoca.Quando Leandro abriu a boca, ela rapidamente colocou a pipoca na própria boca e sorriu para ele, muito feliz.Leandro olhou para os olhos travessos dela e, de repente, pressionou a nuca dela, se inclinando para beijá-la.Os lábios se entrelaçaram, o gosto da pipoca salgada se espalhou entre os dentes dos dois, e o beijo de Leandro foi agressivo e sensual. Marília sentiu todos os seus nervos, conectados aos seus sentidos, tremerem sob a atitude ousada e extrema dele.Quando o beijo terminou, o rostinho de Marília estava corado, e
Às nove da noite, Leandro desligou a televisão e pediu para Marília ir dormir no quarto.Marília tomou banho, fez os cuidados com a pele e aplicou loção, mas não esperou Leandro aparecer.Quando percebeu que já passava das dez... Ontem, ele dormiu com ela porque ela estava com febre e ele não queria deixá-la sozinha, mas hoje, com a febre já baixa, ele provavelmente não viria.Marília sabia que precisava agir enquanto a oportunidade estava quente. Se queria avançar com Leandro, tinha que aproveitar o momento.Ela se levantou imediatamente, foi até a porta do quarto de Leandro e bateu.— O que foi?Marília girou a maçaneta e entrou, vendo que ele já estava na cama.Leandro estava com um livro médico grosso nas mãos, lendo.Marília ficou na porta, um pouco sem jeito:— Estou com medo, posso dormir com você hoje?Leandro a observou calmamente, sem responder.Marília se sentiu um pouco culpada, abaixando a cabeça:— O filme de terror de hoje foi bem assustador.— Se tem medo, por que assis
No dia seguinte, os dois acordaram juntos, e o humor de Marília estava ótimo. Principalmente ao ver a foto de fundo na tela do celular, ela sorriu ainda mais radiante e passou o tempo todo no carro olhando para a foto repetidamente. Leandro olhou para ela várias vezes, vendo-a sorrir sozinha enquanto segurava o celular. Não sabia o que ela via de tão interessante, afinal, era só uma foto. Ele estava ali ao seu lado, mas ela preferia olhar para o celular. No entanto, ao vê-la sorrindo assim, o humor dele também melhorou de repente, e seus olhos ficaram suavemente cobertos por uma camada de ternura e carinho, com o canto de sua boca se curvando em um leve sorriso. Quando o carro parou em frente ao Portão 2 da Praça Internacional do Ouro, Marília colocou o celular na bolsa e, ao abrir a porta para sair, pensou em algo e voltou para dar um beijo em Leandro. — Amor, te espero depois do trabalho. Leandro sorriu e acariciou a cabeça dela. — Entendido. Marília saiu animad
Leandro olhou para o sorriso satisfeito no rosto de Zélia. Ela, sendo uma garota, não parecia ter nenhuma vergonha. — Você deveria ensinar ela a não fazer essas coisas tão absurdas. — Como assim, absurdas? Você não gostou? Aqueles dois dias, Mimi estava bem cansada com você. Eu até vi as marcas no pescoço dela... — Chega, passe isso para o Miguel. Vou pedir para ele cuidar disso. Leandro ligou imediatamente para Miguel, pediu para ele entrar e, depois de algumas palavras, Zélia pegou o pendrive e saiu com Miguel. Quando ela se afastou, ainda fez um comentário baixinho: — Fica quieto, só sabe ser tímido! Depois que Zélia saiu, Leandro pegou o celular novamente e começou a olhar as fotos. Ele foi vendo e, aos poucos, começou a rir. ... Leandro fez a reserva no Hotel do Lago Dourado, o mesmo salão onde seus pais e a família Pereira haviam jantado da última vez. Marília passou o endereço para Selma. Depois do expediente, Leandro foi buscá-la, e Marília entrou animada no
A primeira a expressar insatisfação foi Selma.— Ontem não combinamos que você ia trazer o Leandro para nos apresentarmos? Como assim você mudou de ideia?Marília explicou:— Ele estava vindo comigo, mas no caminho recebeu uma ligação, um paciente estava em estado grave e a cirurgia só ele poderia fazer, então pedi para ele ir direto.Selma ficou um pouco surpresa:— O Leandro é tão bom assim?Alguém ao lado respondeu por Marília:— O Leandro é chefe do setor de cirurgia cardíaca. A cirurgia no pai da Amélia foi ele quem a realizou!— É sério? — Selma olhou surpresa para Amélia.Amélia sorriu forçadamente:— Sim, o Leandro é bem renomado na área de cirurgia.Selma sabia que o Leandro era médico, mas não sabia que ele também fazia cirurgias, e ainda mais na área de cirurgia cardíaca. Cirurgia cardíaca é uma questão de vida ou morte.Ela não era de se mostrar irracional e decidiu entender:— Tá bom, então. Você nos convidou para o Hotel do Lago Dourado com tanta boa vontade, não estou ma
— Eu estou jantando com a Selma e as outras.— Você está jantando com elas?!Marília explicou sobre o que havia prometido à Selma, que era convidá-las para jantar.Zélia, com má vontade, disse:— Você sabe muito bem que aquelas pessoas são falsas e interesseiras, não suportam ver os outros bem. Ficam felizes quando você está mal. Pessoas assim não merecem sua amizade!— Eu só quero ganhar o dinheiro delas, não preciso ser indelicada, né?— Mas as vendas da sua loja online não estão nada mal.— Quem é que vai recusar dinheiro? Além disso, não sei quanto tempo a popularidade do Cipriano vai durar. Não estou preocupada em não ter dinheiro para ganhar no futuro?— Então você deveria aproveitar bem a terça-feira da semana que vem. Se conseguir assinar contrato com a equipe do Cipriano, você sabe que não há drama do Cipriano que não seja um sucesso. Depois que você brilhar um pouco, vai ficar preocupada com dinheiro?— Sim, vou tentar aproveitar essa oportunidade.— Quer que eu vá com você?
Leandro soltou uma risada suave. O rosto de Marília corou involuntariamente, e ela achou que estava agindo de maneira um pouco infantil. Ela se afastou dos braços do homem e perguntou: — Está com fome? Eu fiz feijoada, quer comer um pouco? Ela sabia que Leandro tinha ido correndo para o hospital à tarde e provavelmente ainda não tinha jantado. Leandro assentiu com a cabeça. — Vá lavar as mãos, eu já vou trazer para você. A feijoada ficou cozinhando por duas horas, e a carne já estava bem macia. O arroz havia sido mantido aquecido, e agora que saiu do fogão, exalava um cheiro delicioso. Marília também colocou um copo de suco na mesa. — Feijoada fica ainda mais gostosa assim. — Está bom. Leandro se sentou à mesa, e Marília se sentou ao seu lado, apoiando o queixo nas mãos enquanto o observava. Leandro comeu um pedaço de carne de boi e disse: — Isso está muito bom. — Quando eu tiver tempo, posso fazer mais e congelar. Assim, quando você voltar, é só esquentar,
Larissa pegou as coisas e foi embora, e Marília se ofereceu para acompanhá-la. — Você se preocupa com o seu trabalho, deixe que o Leandro me leve. Leandro franziu a testa. Larissa lançou um olhar para ele, e Leandro, embora relutante, a seguiu para fora. Após fecharem a porta e chegarem ao elevador, Larissa finalmente falou: — Você e a Mimi estão bem nesses dias? Leandro percebeu que a mãe estava querendo dizer algo mais. — O que você quer me dizer? — Eu só quero que você seja mais gentil com a Mimi. Larissa olhou para o rosto do filho, que, embora fosse bonito, tinha uma personalidade difícil de agradar. Ela realmente não sabia como ele havia conquistado a Mimi. — Sobre o que aconteceu da última vez, quando o Aureliano fez aquela cena na casa da sua avó, e sobre a Helena... você já explicou isso para a Mimi? Leandro ficou um pouco impaciente. — O que há para explicar? — A Mimi, afinal de contas, tem uma ligação com ela... você sabe disso. Larissa observava