Mundo ficciónIniciar sesiónClarice — a televisão e o vinco do riso
Na tela pequena de Clarice, a câmera alternava freneticamente entre o auditório repleto de jornalistas e os cercos que cercavam seu mundo: portaria, garagem e recepção, onde a tensão pairava no ar como uma névoa densa.A palavra “exclusivo” piscava em néon, como um farol de alerta, instigando a curiosidade coletiva e atiçando os ânimos da imprensa.As lentes capturavam cada movimento, cada respiração, enquanto o assessor, com a expressão rígida e dados prontos, havia cumprido seu papel inicial, mas a verdadeira pressão agora recaiu sobre Clarice.A mulher da qual todos queriam saber a verdade, que atraía cliques como um ímã, estava finalmente prestes a se revelar.Clarice deixou a caneca sobre a mesa, o cerâmica tilintando suavemente sobre a superfície de madeira desgastada, e apoiou os cotovelos nos joelhos, numa postura que evocava uma oração, embora não estivesse rezando.Na verdade, est






