Jeffrey ajeitou-se na poltrona em frente à mesa do primo, olhando firme para Adam, que parecia cansado, como se tivesse passado a noite em claro. O silêncio do escritório era quebrado apenas pelo tique-taque discreto do relógio de parede.
— Adam — começou Jeffrey, com voz serena —, você tem que continuar forte. Essas tentações, esse vício… não vão sumir de uma hora para outra. Você sabe disso.
Adam suspirou fundo, passando a mão no rosto.
— Eu sei, Jeff. A doutora deixou claro que seria um processo. Mas, honestamente, eu já sinto como se estivesse em abstinência. Ontem eu não fui ao clube. Foi a primeira vez em anos que eu escolhi não ir. Eu queria provar a mim mesmo que conseguia. — Ele se inclinou para frente, os olhos cansados. — Mas hoje… hoje eu não sei se vou aguentar. Estou agoniado, ansioso, como se estivesse perdendo algo vital.
Jeffrey cruzou os braços, analisando-o.
— Isso é exatamente o que ela disse: um vício. Não adianta que