O Confronto Final
O silêncio que pairou na sala depois do acesso de fúria dele era sufocante. O homem ainda respirava pesado, as veias saltando no pescoço, mas foi Adam quem assumiu o comando da situação. Ele não se levantou bruscamente, não gritou — apenas se endireitou na poltrona de couro, ajeitou o paletó com calma e deixou que sua voz, firme e grave, cortasse o ar como uma lâmina afiada.— Você vai assinar esses documentos — disse Adam, sem rodeios. — Vai assinar porque não existe outra saída. Já chega de escândalos, de vergonhas públicas, de crises que respingam em tudo que construímos. Você pode ter apenas dez por cento das ações, mas sabe tão bem quanto eu que esses dez por cento valem milhões. E se a imagem da empresa for manchada por causa de você, quem perde é você.O pai arregalou os olhos, surpreso com a audácia do filho. Estava acostumado com a submissão, com a voz baixa, com a obediência cega. Aquilo era outro homem diante dele.Ada