Na manhã seguinte, a claridade suave do sol entrou pela cortina fina do quarto de Ava. Foi Carlinha quem a despertou, sacudindo-a de leve pelos ombros.
— Acorda, mana. Já está na hora. — O sorriso da mais nova entregava a ansiedade com o novo dia.Ava abriu os olhos devagar, ainda sonolenta, mas ao ver a empolgação da irmã, sorriu de canto.— Você parece que tomou café antes mesmo de acordar...— Eu só vou aquecer o leite e preparar um café forte. — Carlinha respondeu, já ajeitando a roupa. — Porque comida tem demais da visita de ontem. Eu até pensei em montar umas marmitinhas. Vou levar comigo, não vou nem encostar no refeitório da empresa hoje.Ava se espreguiçou, levantando-se devagar.— Acho que vou fazer o mesmo. A gente aproveita e economiza, e ainda come coisa boa.Na cozinha, a mesa ainda estava cheia de caixas, tortas e doces da tarde anterior. O cheiro de flores misturava-se ao de café recém-passado, enchendo o ambiente