Karl, um juiz experiente de 42 anos, vê-se intrigado por Emily, uma encantadora advogada de 26 anos. Durante uma nevasca que os prende no Sul do Canadá, Karl aceita relutantemente levar Emily à casa de sua família. Bloqueados pela tempestade, alugam uma cabana para o fim de semana, onde a temperatura fria do exterior contrasta com o calor crescente entre eles. Sem estar casado ou ter filhos, Karl, desfocado por anos de olhares furtivos, sucumbe à paixão reprimida com Emily. Entre lençóis quentes e noites geladas, exploram seus desejos mais profundos, desvendando camadas desconhecidas um do outro. A cabana, inicialmente um refúgio, torna-se palco de uma conexão intensa e proibida, onde o frio implacável fora contrasta com a paixão ardente dentro. À medida que o sol surge e a neve derrete, Karl e Emily enfrentam as consequências de sua paixão proibida. O que começou como uma nevasca inesperada se transforma em uma jornada de autodescoberta, amor proibido e a busca por calor em meio ao gelo. O contraste entre a tempestade intensa e a paixão ardente revela que até as situações mais adversas podem dar origem às experiências mais calorosas.
Leer másO roçar de suas coxas me deixava duro como touro, saia tubinho para uma bunda daquelas com certeza é inapropriado. Ela é inapropriada por completo. Os seios grandes demais, as curvas e o fato dela ser loira me enlouquece no trabalho. Odeio audiências com Emily. Ela me rouba e me fascina em cada detalhe do seu ser.
Hoje era a última do ano e seu cliente foi inocentado, óbvio, aqueles olhos suplicantes de brilhantes não daria outra escolha no meu julgamento no fim das contas. Ela não mentiria. Ela era imaculada de corpo e ser. E não poderia ser minha. Na minha sala, retiro a roupa pesada usada no trabalho e me sento apenas com minha roupa social, marcando meus braços. Eu só tenho a academia, trabalho e investimentos como vida. Eu definitivamente não tenho nada. Me sinto incompleto e que a morte me deixará sozinho. Minha porta é aberta sem batidas e me surpreendo ao ver Emily despenteada e chorando. –Eu preciso urgentemente de sua ajuda, meu carro, o Natal... Soluços interrompiam sua fala. –Tudo bem, sente-se aqui. Tento guiá-la para uma poltrona no canto da sala sem tocá-la, acabo encostando demais em seus ombros e meus olhos se direcionam aos seios, aqueles seios que me deixavam maluco. Quero morrer, devo morrer por isso. Ela deixou a blusa desabotoada, que castigo... –Meritíssimo, soube que vai ao Sul para o Natal e...Meu carro está preso, tenho família no Sul e sei que... Ela tentava falar mas chorava ainda mais, seu rosto estava vermelho de tanto soluçar. –Doutora, eu a levaria sem problemas, mas precisa se acalmar.Emily, mesmo entre soluços, levanta o olhar para mim com gratidão, seus olhos azuis cheios de uma mistura complexa de emoções.
–Obrigada, Meritíssimo. Eu... eu não sei o que fazer. Estou perdida.
Respiro fundo, tentando dissipar a tensão crescente em minha virilha ao ver os olhos lacrimejados de Emily. Imaginando ela assim na minha frente...Ajoelhada... Morra, Karl.
–Vamos resolver isso juntos, Emily. Primeiro, precisamos chegar ao meu carro.
Indico a porta e ela se levanta, concordando silenciosamente.
Ao chegarmos ao estacionamento, meu carro contrasta com a neve ao redor.
–Suba, Emily. Vou levá-la até sua família.
O olhar dela se encontra com o meu, e por um momento, a conexão vai além das palavras. No entanto, o dilema ético martela em minha mente ironicamente.
Durante o trajeto, o silêncio pesa no carro luxuoso. Sinto a necessidade de quebrá-lo. Emily não parece sentir frio apenas pensativa demais olhando para a neve, são 3h de viagem e ela não disse nada em 40 minutos. Penso na visão ruim para os nossos colegas nos vendo juntos e essa peça me ajuda a falar.
Enquanto observo Emily, meu pensamento se volta para o tesão que se acumulou durante os oito anos após meu divórcio. A lembrança daquele casamento falido, onde a intimidade foi substituída por uma frieza insuportável, ainda ecoa em minha mente.
A força que esse período difícil me conferiu foi o motivo de eu me manter afastado de relações sexuais. A ferida do passado, marcada por decepções e desilusões, serviu como uma barreira intransponível. Minha ex esposa acabou com meu emocional e em consequência minha sexualidade.
Contudo, mesmo que a tentação seja real, sei que não posso cruzar certos limites éticos. Emily, apesar de despertar algo adormecido dentro de mim, permanecerá uma fronteira intocada, uma linha que eu não ousaria ultrapassar. A complexidade de meus sentimentos e a luta entre desejo e responsabilidade permeiam meus pensamentos enquanto enfrentamos a noite fria do Canadá juntos.
–Emily, sei que esta situação é complicada, mas prometa que não dirá nada sobre o que aconteceu lá dentro. É crucial para ambos.
Ela assente, evitando meu olhar.
–Prometo, Meritíssimo. Não quero causar problemas.
A neve continua a cair lá fora, mas dentro do carro, o calor parece aumentar.
–Eu também não quero problemas, Emily. Mas, às vezes, as situações nos forçam a enfrentar o inesperado. E me chame de Karl, estamos no meio do nada mesmo...
O silêncio paira novamente, mas há algo elétrico no ar. A proximidade dela no banco ao lado me deixa louco.
Enquanto dirigíamos pela estrada gelada, o som suave da rádio preenchia o carro com músicas natalinas. De repente, a voz do locutor se tornou mais séria, interrompendo a música.
"Prezados ouvintes, temos um aviso importante para quem está na região. Uma avalanche iminente foi relatada ao longo da estrada que liga esta área ao Sul do Canadá. Pedimos a todos os motoristas que tomem precauções e evitem a viagem, se possível. A situação está se deteriorando rapidamente."
O olhar de Emily se encontra com o meu, ambos compartilhando uma expressão de preocupação.
–O que faremos, Karl?
Ela pergunta, a voz repleta de ansiedade.–Sinto muito, Emily, mas parece que a estrada para o Sul está fechada devido à ameaça de avalanche. Teremos que encontrar um local seguro para esperar até que a situação se estabilize.
A tensão aumenta à medida que o carro continua sua jornada, agora com a preocupação adicional de uma avalanche pairando sobre nós. O destino, que antes parecia claro, torna-se incerto, deixando-nos vulneráveis à natureza implacável do inverno canadense.
Com a notícia da avalanche iminente, decido agir rapidamente para garantir a segurança de Emily e a nossa durante a noite gelada.
–Emily, precisamos encontrar abrigo imediatamente. Vou tentar alugar uma cabana próxima para passarmos a noite até que a passagem bloqueada seja liberada.
–Que merda...Meus pais esperavam por mim...
–Sinto muito...
–Tudo bem, inverno canadense, não é? Ela diz sorrindo e teclando no celular, provavelmente alertando a mudança de planos. Enquanto continuamos pela estrada coberta de neve, pego o celular e começo a procurar opções de aluguel de cabanas na região. O som da neve sob os pneus do carro mistura-se ao silêncio tenso dentro do veículo.Após algumas chamadas, consigo encontrar uma cabana disponível nas proximidades. Apenas um quarto... Eu ficaria feliz se não houvesse um sofá lá.
–Ótimo, Emily. Temos um lugar seguro para esperar a avalanche passar.
Ao chegarmos à cabana, a fumaça da chaminé indica que está aquecida.
–Vamos, Emily. A noite será longa, mas pelo menos estaremos protegidos do frio e da incerteza lá fora.
Entramos na cabana, e o calor acolhedor nos envolve instantaneamente. A preocupação com a avalanche ainda paira sobre nós, mas pelo menos agora temos um refúgio temporário para enfrentar a noite gelada que se aproxima. Sentamos em frente à lareira, cada um perdido em seus pensamentos, enquanto o som da neve contra as janelas ecoa o desafio iminente que teremos que superar.
Comecei a escrever essa história aos 19 anos, e agora, aos 21, olhando para trás, percebo o quanto cresci e mudei. Não só como escritora, mas também como mulher e ser humano. Durante essa jornada, passei por muitas transformações pessoais, especialmente no que diz respeito à minha fé. Retornei ao Catolicismo, e essa reconexão com a fé me trouxe uma nova perspectiva sobre o que quero transmitir nas minhas histórias. Não desvalorizo nada do que vivi, pois escrever sempre será o meu refúgio, meu espaço de liberdade e expressão. Mas, a partir de agora, escolho usar esse dom para criar histórias que estejam em sintonia com os princípios e valores que hoje defendo. Para aqueles que acompanharam minha evolução e dedicaram seu tempo a ler o que escrevi, meu coração é só gratidão. A história de Emily e Karl também reflete essa transformação que vivi. Quando comecei a escrevê-la, eu era imatura, cheia de inseguranças e dúvidas. Hoje, me sinto uma mulher formada, com um entendimento mais profun
Tudo estava acontecendo tão rápido, e, ao mesmo tempo, parecia que o mundo havia desacelerado para me permitir absorver cada detalhe. Eu estava dentro do carro, sentindo uma mistura de nervosismo e alegria que crescia a cada quilômetro que nos aproximava da Torre Eiffel. Era noite, e Paris brilhava como um sonho. O vestido que me aguardava na casa de Ella havia sido finalmente ajustado, e agora, eu estava vestida como nunca imaginei: um vestido esmeralda, fluido, com bordados delicados de pequenas flores brancas que reluziam com o movimento. O tecido parecia uma nuvem envolvendo meu corpo, suave e leve, quase como se estivesse flutuando.Enquanto o carro se aproximava da Torre, as luzes brilhantes da cidade e a estrutura imponente no horizonte começaram a surgir. Era surreal. Senti meu coração bater mais forte. Eu sabia que Karl estava lá, esperando, assim como todos os nossos amigos e família. Mas meu pai... ele estaria lá também. E isso me pegou de surpresa. A notícia de sua presenç
O passeio noturno no rio Sena foi como um sonho. O barco estava iluminado de forma suave, com luzes douradas refletindo nas águas tranquilas, criando um ambiente encantador. Eu estava sentado ao lado de Emily, segurando sua mão enquanto olhávamos para a paisagem de Paris à nossa volta, seus monumentos icônicos iluminados, como a Torre Eiffel, brilhando à distância.Sofia, que sempre parecia tão cheia de energia, estava calma no colo de Ella, quase hipnotizada pela beleza ao redor. Ela balançava os pezinhos enquanto observava as luzes, e de vez em quando apontava para algo que lhe chamava atenção, soltando suas pequenas risadas que me faziam sorrir.O jantar estava prestes a ser servido, e eu me inclinei para Emily, que olhava para o horizonte com um olhar sonhador. "Não parece real, não é?", murmurei em seu ouvido, sentindo a brisa suave que vinha do rio. Ela sorriu, virando-se para mim com aquele olhar que sempre me fazia perder o fôlego. "Parece um conto de fadas", ela respondeu, ap
Acordei sentindo o calor de Karl ao meu lado, seu braço descansava pesado sobre mim, enquanto o quarto de hóspedes estava silencioso e acolhedor. Ele ainda dormia profundamente, e, por um momento, fiquei ali, observando seu rosto sereno, me sentindo completamente em paz.Me levantei com cuidado para não acordá-lo e caminhei pelo corredor silenciosamente, indo ver Sofia. O quarto das crianças estava escuro, mas dava para ver Sofia dormindo como uma bonequinha, os primos tinham ajeitado os cobertores ao redor dela, parecendo uma cena de filme. Segurei o riso e uma onda de carinho tomou conta de mim.Depois de confirmar que ela estava bem e confortável, segui para a cozinha. Eu já podia sentir o cheiro do café no ar e, ao entrar, encontrei Ella lá, preparando tudo com o mesmo carinho de sempre. Ela me olhou por cima do ombro, sorrindo ao me ver.— Bom dia, dorminhoca. — disse ela com uma risada suave. — Como você está?Sentei-me à mesa, suspirando aliviada por finalmente estar em um luga
Enquanto embarcávamos no avião, com Emily carregando Sofia no colo, não pude deixar de sorrir. Sofia estava em uma fase dengosa ultimamente, querendo colo o tempo todo e chamando por nós a cada cinco minutos. Emily, exausta, olhou para mim com aquele olhar de quem precisaria de um minuto de descanso. Tomei Sofia em meus braços, como sempre faço, assumindo meu papel de “super pai”.— Prontinho, princesa, agora vamos voar! — murmurei, beijando a testa de Sofia, que respondeu com um sorriso sonolento.Emily sorriu, aliviada.— Você realmente sabe como conquistar as mulheres dessa família, hein?— Ah, você sabe que é meu trabalho manter todas as minhas meninas felizes. — Respondi com um olhar brincalhão.Nos acomodamos nos assentos, com Sofia no meu colo, já prestes a cochilar. Emily se ajeitou ao meu lado, claramente aliviada por termos conseguido embarcar sem grandes dramas.— Finalmente, nossa primeira viagem em família! — Emily suspirou, com um brilho no olhar.— Família. — Repeti,
Mark contou a Karl que Amélia precisava de contato feminino. Encontrei Amélia na praça de alimentação do shopping, e o coração apertou ao vê-la tão abatida. Seu cabelo ruivo, sempre tão vibrante, estava preso de forma descuidada, e as olheiras profundas deixavam claro o cansaço que ela tentava esconder. Ela me viu e esboçou um meio sorriso, mas dava para ver o esforço. Parte de mim queria apenas abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem, mas sabia que não era tão simples.— Oi, Emily — disse ela, sua voz soando mais fraca do que eu me lembrava.Sentei-me ao seu lado, observando-a com cuidado. Apesar de tudo, Amélia tentava manter a compostura. Como médica, ela sempre foi muito controlada, mas naquele momento, era visível que algo estava errado.— Como você está? — perguntei, mesmo sabendo que a resposta seria óbvia.Ela desviou o olhar por um segundo antes de responder, forçando um tom de normalidade.— Estou bem, e você?Era uma mentira, e nós duas sabíamos disso. Mas, ao invés de confr
Último capítulo