Zayn segurava o dossiê entre os dedos como se ele pesasse mais do que simples papel. Isabela acompanhou seu movimento com os olhos, notando a forma com que ele apertava a mandíbula, controlando algo que não podia — ou não queria — dizer ali, naquele momento.
— Amalî, venha comigo. — A voz dele não foi um convite. Foi um comando suave, firme, como tantos outros que ela já aprendera a decifrar.
Ela o seguiu até o escritório dele. As portas se fecharam atrás de ambos, isolando-os do mundo e dos ouvidos que sempre pareciam estar atentos demais.
Zayn largou o dossiê sobre a mesa e foi até o bar discreto em um dos cantos. Serviu um copo de água para ela e outro para si mesmo, mas não bebeu.
— Esse nome que você destacou... Samir Nabhan — começou ele, sem rodeios. — Não é estranho apenas para você. Há tempos estou tentando cruzar registros que envolvem as vilas do norte, a verba desviada e alguns nomes que nunca apareciam diretamente. Hoje, ele surgiu duas vezes nos relatórios do conselho. C