A luz do início da manhã entrava filtrada pelas cortinas espessas do quarto de Isabela. Ela já estava desperta antes mesmo do celular vibrar com a notificação de Lasmih, avisando que o carro estaria pronto em vinte minutos.
Mas naquela manhã, o silêncio do quarto parecia falar mais alto.
Ela se levantou, trocou de roupa com movimentos lentos e calculados, vestindo um conjunto sóbrio, elegante e funcional. Prendeu o cabelo em um coque baixo, retocou a maquiagem com discrição e pegou a pasta com os documentos analisados na noite anterior. Estava pronta — por fora. Mas por dentro... sentia que aquele seria um novo tipo de dia.
Na garagem do palácio, Lasmih a esperava ao lado do veículo blindado.
— Dormiu bem? — perguntou, com aquele tom leve que ela usava sempre que sentia que Isabela precisava de um pouco de chão.
— Dormi, sim. Mas sonhei com números e recibos falsificados. — Isabela sorriu de lado, entrando no carro.
— Bem-vinda ao seu novo normal — respondeu Lasmih, com um olhar diver